Pisos e lajes no Revit são elementos amplamente modelados em todos os tipos de projetos, porém a variedade de opções pode gerar certa confusão ou problemas no decorrer do projeto. Então que tal conhecer as opções e aplicações recomendadas? Aprenda agora!
Acredito que uma situação muito comum entre profissionais que vieram do AutoCAD é interpretar que um piso corresponde ao espaço livre entre as paredes de um ambiente, onde no máximo era aplicada uma hachura para representar uma determinada paginação de piso.
Mas ao migrar para o Revit percebemos que temos diferentes situações envolvendo pisos, que vão desde a preparação da topografia para receber um piso ou definir como será um determinado revestimento em relação a laje do pavimento.
Desta forma nada mais justo do que conhecer as opções disponíveis e entender qual delas é a mais adequada para cada tipo de situação. Lembrando que a proposta aqui não é estabelecer uma regra, mas sim apresentar diferentes possibilidades para o seu fluxo de trabalho.
PISOS E LAJES NO REVIT
Quando falamos de pisos e lajes não podemos nos limitar apenas ao processo construtivo que será empregado, sendo que existem diversos outros fatores que devem ser levados em consideração, como umidade, acústica, atividades que serão desenvolvidas naquele ambiente, etc.
Desta forma diferentes materiais precisam ser empregados em um mesmo piso, que passa a conter múltiplas camadas de materiais, onde cada uma delas tem sua respectiva funcionalidade.
Ao perceber esta necessidade, o Revit oferece diferentes ferramentas para a criação de pisos e suas respectivas camadas, então vamos conhecer cada uma de suas ferramentas e suas aplicações mais recomendadas.
PLATAFORMA DE CONSTRUÇÃO
O nome da ferramenta “plataforma de construção” não descreve de forma eficiente o propósito da ferramenta, abrindo margem para outras interpretações. Acredito eu (na minha opinião) que a tradução mais correta seria “Platô do terreno”.
Ao procurar o significado da palavra Platô temos:
“Terreno elevado que se estende de forma plana. [Priberam]” ou “…forma de relevo constituída por uma superfície elevada, com cume mais ou menos nivelado, geralmente devido à erosão eólica ou pelas águas. [Wikipédia]”.
Sendo assim, o propósito da ferramenta Plataforma de construção é permitir a criação de um platô, uma superfície plana que serve de ponto de partida para iniciar a construção da edificação.
Além disso é importante lembrar que para se obter uma superfície perfeitamente planta em um terreno muito provavelmente teremos uma etapa de corte e aterro. Se quiser saber mais sobre essas ferramentas vou deixar os links abaixo:
PLATAFORMA DE CONSTRUÇÃO – REVIT
TOPOGRAFIA – CORTE E ATERRO NO REVIT
Outro aspecto que abre margem para confusão, é que quando criamos uma plataforma de construção, ao utilizar a configuração padrão, ela vem na cor cinza, de forma que temos a impressão de se tratar de uma “superfície em concreto” ou algo neste sentido.
Porém a etapa de preparação do terreno não precisa envolver necessariamente uma concretagem, pode ser apenas uma simples compactação do solo, ou mesmo que passe por um processo mais complexo, a ferramenta permite organizar sua plataforma de construção em diferentes camadas.
O processo de criação de uma plataforma de construção é muito simples, porém este é um tipo de família que depende de um “hospedeiro”, isto é, uma plataforma de construção só pode ser criada sobre um terreno.
Caso o terreno seja removido, a plataforma de construção é imediatamente excluída do seu projeto. outro detalhe é que a plataforma deve ser desenhada 100% dentro da área do terreno, ou o Revit irá exibir um alerta impedindo que o desenho da plataforma seja concluído.
Após a criação da plataforma de construção, ao selecionar a plataforma e ir até a aba Modificar | Plataformas observe que temos uma única opção, a de Editar limite, que permite editar o perímetro da plataforma de construção que foi criada.
Em uma plataforma de construção temos dois campos para acessar suas informações, as Propriedades de Tipo (Editar tipo) e as Propriedades de Instância (Informações exibidas na janela Propriedades ao selecionar uma plataforma de construção).
Observe que uma plataforma de construção possui uma categoria própria (Plataformas) e poucos parâmetros, se limitando as cotas de Inclinação (se houver), perímetro área e volume.
Um detalhe muito importante aqui é que não temos parâmetros estruturais, desta forma não é possível utilizar o modelo analítico ou mesmo colocar armaduras na sua plataforma de construção.
Desta forma, recomendo que você utilize a plataforma de construção apenas a movimentação de terra e regularização do terreno, com camadas como: compactação do solo, solo natural, solo-brita, sub-base, etc.
Sempre tenha em mente em qual etapa do projeto a plataforma de construção pertence e quais equipamentos e matérias-primas estarão disponíveis para executar a plataforma. Camadas que envolvam concretagem geralmente são organizadas na fundação estrutural: laje.
FUNDAÇÃO ESTRUTURAL: LAJE
Fundação estrutural: Laje tem um problema sério relacionado ao seu nome, uma vez que no Brasil quando falamos laje é quase impossível não associar o nome ao “teto” da sua obra.
Porém, recomendo que se concentre no começo do nome “Fundação estrutural”, afinal estamos falando de uma estrutura responsável por transmitir as cargas da construção ao solo.
Um truque que eu costumo usar é lembrar da Laje radier, que nada mais é do que uma fundação rasa em concreto armado que fica em contato direto com o solo, recebendo as cargas da edificação e as descarregando sobre uma grande área do solo.
A Fundação estrutural: Laje entra no seu projeto em uma etapa posterior a preparação do terreno, onde o solo já esta pronto para receber este tipo de piso, que poderia ser muito criado sobre uma plataforma de construção.
Aqui começamos a ter que tomar algumas decisões, afinal temos uma série de “camadas de materiais” que precisam ser devidamente separadas não apenas pela questão de organização, mas também em função das etapas do seu projeto.
Desta forma precisamos decidir quais camadas fazem parte da fundação estrutural: laje e quais vão ficar para o piso de acabamento, no caso o Piso Arquitetônico.
Mas eu não posso deixar tudo em um tipo de piso só?
Sinceramente não. Tenha em mente que por se tratar de um piso estrutural, camadas como argamassa ou azulejos não entram no calculo como “elementos estruturais” mas sim como “cargas” que o piso deve suportar, então a separação pode facilitar a análise.
Ao selecionar a plataforma de construção que foi criada e ir até a aba Modificar | Fundações estruturais, temos acesso a três painéis de ferramentas: Modo, Analítico e Armadura.
No painel Modo, podemos editar o perímetro da plataforma de construção, já no painel analítico podemos realçar o modelo analítico e por fim o painel de armaduras oferece uma série de ferramentas para inserir a “ferragem” da fundação estrutural.
Ao acessar as Propriedades de tipos e as Propriedades de instância de uma Fundação estrutural: Laje, temos acesso a uma série de informações.
Um piso criado com uma Fundação estrutural: Laje faz parte da categoria Fundações estruturais, que oferece um leque bem amplo de parâmetros, a começar por parâmetros estruturais.
O ponto mais importante aqui é que você pode decidir se a fundação estrutural: Laje será estrutural ou não. Apesar de soar estranho, um exemplo prático de aplicação seria a criação de um contrapiso, que não precisa necessariamente receber uma “armadura”, sendo apenas um piso bruto.
Caso o a fundação estrutural: Laje seja efetivamente um elemento estrutural, podemos ativar seu modelo analítico e definir a espessura do recobrimento do vergalhão que será utilizado. Tanto em suas faces superior/inferior como em outras faces (laterais).
Já no campo Cotas temos uma ampla lista de parâmetros, que podem ser extraídos em tabelas conforme a sua necessidade.
Uma fundação estrutural: Laje é utilizada na criação de pisos apoiados no solo, mas e quando temos pisos apoiados em vigas e pilares, ou popularmente conhecido como Laje? Neste caso recorremos ao Piso estrutural.
PISO ESTRUTURAL
Quando falamos em um piso estrutural, de maneira resumida, temos dois cenários: pisos apoiados no solo (usando o solo abaixo como suporte) e as lajes que são “pisos suspensos” (apoiados por vigas, pilares ou paredes estruturais).
No Brasil estamos acostumados a identificar o “piso suspenso” como uma laje, que corresponde a cobertura (teto) do pavimento inferior e ao piso do pavimento superior, fazendo a interface entre estes pavimentos da edificação.
Mesmo o concreto armado sendo o processo construtivo mais popular no Brasil, temos outras métodos muito comuns como laje nervurada, treliçada, alveolar, maciça ou cogumelo.
Já no Revit, o único problema que temos são os nomes das ferramentas, que como vimos, a ferramenta Fundação estrutural: laje é destinada a criação de “contra-pisos”, enquanto a ferramenta correta para a criação de lajes é a Piso estrutural.
Entendida a diferença entre ambos, podemos conferir a aba Modificar | Pisos, onde temos acesso a uma série de ferramentas para a edição do piso estrutural.
Dentre os painéis disponíveis temos o Modo, que permite editar o perímetro do piso, o Analítico que destaca o modelo analítico, o edição da forma e o armadura. Se quiser saber mais sobre o painel Edição da forma vou deixar o link de uma publicação que apresento estes recursos.
CRIAR CALÇADA ACESSÍVEL NBR9050
Também temos os parâmetros disponíveis dentro de Propriedades de tipos e Propriedades de instância.
Em um primeiro momento, os parâmetros são muito parecidos com os parâmetros da Fundação estrutural: Laje, porém observe que temos uma categoria específica para Pisos. Isso já permite uma melhor organização das informações do seu projeto.
Por padrão um piso estrutural vem com o campo Estrutural ativado, sendo possível desabilitar esta opção, porém ao fazer isso os campos de modelo analítico e recobrimento do vergalhão são removidos.
Uma outra pequena diferença esta no campo Cotas, onde não temos os parâmetros Largura e Comprimento.
Já nas Propriedades de tipo temos um campo adicional. No campo Construção podemos definir a função do piso estrutural.
As opções são Interior ou Exterior, que tem por objetivo facilitar a criação de filtros em tabelas, para simplificar um modelo ao exportar.
Mas quais camadas devo incluir no Piso Estrutural?
Obviamente, vai depender muito do processo construtivo escolhido, uma vez que de acordo com a escolha, diferentes tipos de camadas podem ser necessárias. Onde o único recurso adicional que temos é caso o sistema escolhido seja o Steel Deck.
O que é esse tal de Steel Deck?
Steel Deck é uma laje mista que usa uma forma de aço perfilada que recebe uma camada de concreto armado, muito utilizada devido a redução do peso da estrutura.
Em um contexto geral, todas as camadas de um piso costumam ser uniformes, porém no caso do Steel Deck, temos o perfil de aço, que tem o formato “trapezoidal”, então como representar isso dentro do Revit?
Pensando neste problema, o Revit oferece a possibilidade de definir a função da camada do piso como Deck Estrutural.
Ao selecionar a Função Deck Estrutural [1], é possível definir o perfil do Deck que será utilizado no piso.
Não sabe o que são as funções das camadas? Fiz uma publicação explicando a importância e como você pode organizar as camadas de pisos ou paredes do seu projeto, vou deixar o link logo abaixo:
Observe que ao definir a camada como Deck Estrutural [1], temos um novo campo disponível, o Propriedades de Deck Estrutural.
Temos basicamente dois campos, onde no Uso do deck podemos definir o “limite” do perfil, onde temos apenas duas opções:
- Camada de delimitação acima: o Deck fica “dentro” da espessura do piso;
- Deck independente: o deck acrescenta espessura ao piso.
Obviamente o impacto é diretamente na espessura final do piso.
A outra opção, Perfil de deck, permite escolher o formato do perfil que será utilizado no Steel Deck. Por padrão temos apenas um perfil carregado, então se quiser utilizar outros tipos de perfis será necessário ir até a aba Inserir e no painel Carregar da biblioteca clicar em Carregar Família.
Dentro da pasta Perfis existem uma pasta chamada Deck de metal, ali temos algumas opções que podem ser utilizadas.
Se quiser criar perfis personalizados, fiz uma publicação que pode lhe ajudar, vou deixar o link logo abaixo:
CRIAR PERFIL DE VARREDURA PERSONALIZADO
Assim como na Fundação estrutural: Laje, precisamos definir as camadas que compõem o nosso piso, sendo recomendado deixar as camadas de acabamento para a ferramenta Piso Arquitetônico.
Desta forma, nada mais justo do que conhecer os recursos da ferramenta Piso Arquitetônico.
PISO ARQUITETÔNICO
O piso arquitetônico é a etapa onde definimos os revestimentos de piso que serão utilizados, sendo muito comum o uso de diferentes tipos em um mesmo projeto, o que implica em um maior número de famílias de piso.
Os pisos arquitetônicos costumam contemplar as camadas de acabamento que vão sobre o piso bruto (fundação estrutural: laje ou Piso estrutural), por exemplo pisos cerâmicos, porcelanatos, laminados, mármores, assoalhos, etc.
De acordo com o tipo de revestimento que for definido, podem existir camadas adicionais para o piso, como por exemplo camadas acústicas ou de impermeabilização.
Ao selecionar o piso Arquitetônico que foi criado, na aba Modificar | Pisos onde temos acesso aos painéis Modo, que permite alterar o perímetro do piso que foi criado e o Edição da forma, que permite alterar a superfície do piso.
Vamos conferir os parâmetros disponíveis dentro de Propriedades de tipos e Propriedades de instância.
Um detalhe muito importante! Observe que a categoria para piso arquitetônico é a mesma categoria do piso estrutural, ou seja, Pisos! Inclusive a biblioteca de tipos de piso é a mesma para ambos!
“Quando eu achei que estava entendendo alguma coisa já vi que não entendi nada…”
Calma! A explicação é simples, a diferença é que quando usamos a ferramenta Piso Arquitetônico, o campo Estrutural do piso vem desabilitado. Já quando selecionamos Piso Estrutural o campo Estrutural vem ativado.
Quer dizer que eu posso transformar um piso arquitetônico em piso estrutural?
Sim, você pode. Um recurso muito mais prático do que remover o piso e substituir por um piso com recursos estruturais e vice-versa.
Em relação parâmetros do piso arquitetônico, temos basicamente os mesmos campos apresentados nos pisos estruturais, porém o piso arquitetônico costuma gerar um problema mais “grave”, relacionado a sua localização, mais especificamente ao seu “deslocamento”.
PISO POR MASSA
Ao trabalhar com a ferramenta Massa, é possível criar pisos com base nos níveis do projeto, recurso que oferece grande liberdade criativa na etapa de concepção do projeto.
O piso da massa é basicamente um plano, que nos oferece uma série de informações como perímetro, área de piso, área da superfície, volume e respectivo nível.
Porém podemos converter este “plano” efetivamente em um piso, para isso basta ir até a aba Arquitetura e no painel Construir selecionar a ferramenta Piso por face, disponível no botão Piso.
Observe que o piso que foi criado é um Piso arquitetônico, que pode ser convertido em piso estrutural selecionando a opção Estrutural dentro da janela de Propriedades.
Observe que em Restrições, o campo Relativo à massa, esta selecionado, pois este piso esta associado a massa, isto é, se a massa for alterada, o piso será alterado junto.
Se quiser saber mais sobre a ferramenta Massa, vou deixar uma publicação que fiz explicando os recursos dessa incrível ferramenta.
DESLOCAMENTO DE PISO – A GRANDE QUESTÃO!
Todo piso criado no Revit esta associado a um determinado nível, de forma que sua configuração padrão é criar o piso “para baixo” em relação ao nível associado.
Mas qual o problema disso?
O problema é que precisamos que o piso arquitetônico fique posicionado sobre o piso estrutural, porém devido a configuração padrão do Revit, ambos são criados com sua face superior alinhados em relação ao nível, o que implica em uma sobreposição dos pisos.
Este problema pode ser facilmente solucionado, simplesmente selecionando o piso desejado e indicando um valor no campo Altura de deslocamento do nível.
Mas a grande dúvida é: deslocar a laje ou deslocar o piso acabado?
Parece uma pergunta sem grande importância, mas o impacto dessa decisão afeta drasticamente o projeto, indo desde portas, altura de peitoril de janelas, pontos de hidráulica e demais elementos presentes naquele nível.
Outro aspecto importante é em situações de trabalho em equipe, pois a decisão aqui tomada deve ser respeitada por todo os envolvidos naquele projeto, ou seja, todos devem fazer da mesma forma.
Não vou dizer qual a melhor solução, mas vou apresentar os prós e contras de cada uma delas e cabe a você decidir qual opção melhor se adapta ao seu fluxo de trabalho.
DESLOCAMENTO DO PISO/FUNDAÇÃO ESTRUTURAL
Ao decidir deslocar o Piso/Fundação Estrutural, estamos optando por alterar todo o nível de “piso bruto” da obra, também conhecido como nível osso.
A vantagem é que podemos entender o nível atual como um “nível acabado”, que irá orientar todas as alturas dos elementos deste pavimento, como altura de forros, peitoris de janelas, alturas de portas e até mesmo pontos de elétrica e hidráulica.
Porém temos uma série de cuidados a serem tomados. Na etapa de execução, Altura de peitoris de janelas, portas, pontos de hidráulica e elétrica são dimensionados a partir do piso bruto (uma vez que o piso acabado (arquitetônico) ainda não foi executado.
Desta forma, muito cuidado com o projeto que for enviado para a obra, será muito importante indicar o nível acabado e deixar bem claro as alturas destes itens na obra.
DESLOCAMENTO DE PISO ARQUITETÔNICO
Ao decidir deslocar o piso arquitetônico, estamos optando reposicionar todos os pisos arquitetônicos, de forma que o nível atual passa a ser o nível bruto da obra.
Se você pensar no fluxo de trabalho da obra, a concretagem do contrapiso costuma ser realizada “de uma vez”, onde o processo mais simples é deixar o piso todo no mesmo nível. Claro que temos exceções, por exemplo, o box do banheiro.
Aqui também temos uma série de cuidados, uma vez que todos os demais itens inseridos neste nível também deverão ser deslocados, indo desde portas e janelas, passando por pontos de elétrica, hidráulica, mobiliário e até mesmo o forro.
Mas e se ao invés destas opções, eu criar níveis de pisos separados?
CRIAR NÍVEIS DE PISO SEPARADOS
Criar níveis de piso separados pode ser uma solução, onde podemos controlar separadamente os pisos/lajes estruturais (piso bruto) e os pisos arquitetônicos (pisos acabados).
O problema é que teremos níveis extremamente próximos, que vão ficar sobrepostos, o que implica em ficar fazendo correções em todas as vistas de elevações e cortes.
Você pode usar a ferramenta propagar extensões, que vai reduzir o retrabalho, mas mesmo assim, para cada novo corte ou vista, isso terá que ser corrigido.
Não conhece a ferramenta propagar extensões? Vou deixar um link que explico em detalhes esta ferramenta:
Este processo também pede uma série de cuidados, pois como temos dois níveis muito próximos pode acontecer de parte dos elementos serem associados ao nível bruto e parte serem associados ao nível acabado, fora que esta confusão pode prejudicar quantitativos e arquivos IFC.
COMO CRIAR UM PISO NO REVIT
Para criar um piso no Revit devemos primeiro escolher qual o tipo de piso mais adequado para o nosso projeto. Após definir o piso, independente do tipo, o processo de criação é o mesmo, onde o Revit entra em modo Croqui e podemos desenhar o perímetro do piso.
Como exemplo, vou ativar a ferramenta Piso arquitetônico. Observe que todas as demais ferramentas são bloqueadas e somos direcionados a aba Modificar | Criar limite de piso.
O processo é bem simples, basta desenhar o formato do piso desejado com as ferramentas de desenho. O único cuidado é que o desenho final deve ser um perímetro fechado.
Você também pode criar perímetros fechados dentro de outro perímetro fechado. Este processo é chamado de “ilhas”, sendo que o Revit vai entender que uma ilha corresponde a uma abertura no piso.
Provavelmente você deve ter observado que ao criar a primeira linha do seu piso a mesma aparece com dois “traços” paralelos. Estes traços indicam a direção do vão, ou seja, para que lado o piso se estende, estruturalmente falando.
Você pode personalizar a direção na aba Modificar | Criar limite de piso, basta ir ao painel Desenhar e clicar no botão Direção do vão.
Você também pode definir uma inclinação para o seu piso, que é controlada através da ferramenta Senta de inclinação, que permite a criação de uma seta sobre o piso, que permite controlar a inclinação.
Ao selecionar a seta e acessarmos a janela de Propriedades, podemos visualizar os parâmetros de controle da inclinação.
Se quiser saber mais sobre pisos inclinados, vou deixar o link para uma publicação onde apresento todos os recursos dessa ferramenta.
Ao finalizar todos os ajustes, basta confirmar o desenho no Painel Modo.
Sempre tenha em mente a funcionalidade do piso que você esta criando, pois temos diferentes contextos para a criação de um piso, por exemplo, um contrapiso (Fundação estrutural: Laje) será criado entre as paredes, porém uma laje (Piso estrutural) será criado sobre as vigas ou paredes.
Este processo exige cuidados em relação da junção da parede e piso, então se quiser saber mais detalhes vou deixar o link para uma publicação onde exploro este tema em detalhes:
JUNÇÃO PAREDE E PISO ESTRUTURAL
CONCLUSÃO
Pisos e lajes no Revit são recursos com diversas possibilidades, que apesar da flexibilidade, pode se mostrar um pouco confuso para profissionais iniciantes, além da preocupação com os diferentes fluxos de trabalho.
Se quiser compartilhar o seu processo de trabalho ou alguma sugestão sobre este assunto fique a vontade, será excelente enriquecer este conteúdo para todos profissionais que tiverem a oportunidade de ler!
Tem alguma dúvida no processo trabalho com os diferentes tipos de pisos e lajes ou alguma outra sugestão? Compartilhe sua dúvida, ela pode virar uma publicação exclusiva!
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