Renderização no Revit é um importante recurso na etapa de apresentação do seu projeto, desta forma é fundamental a correta configuração da sua cena para obter resultados com a qualidade desejada. Aprenda agora!
O Revit é um software BIM, se mostrando muito versátil para atender as diversas demandas do desenvolvimento de um projeto, porém quando o assunto é renderização, a maioria dos profissionais costuma “torce o nariz”.
Isso acontece devido o Revit trabalhar com um motor de renderização muito simples e com poucos recursos de personalização, porém é possível obter resultados com uma qualidade satisfatória, desde que você o configure corretamente.
Mas vamos partir do princípio, você sabe efetivamente o que é um render e essa tal de renderização?
O que é um render?
Renderização é o processamento digital de um modelo 3D para gerar uma imagem com alto grau de realismo, considerando informações geométricas, iluminação (natural ou artificial), texturas, reflexos, transparências, sombreamento e até mesmo efeitos atmosféricos (fumaça, vapor, etc.).
Este processo costuma exigir bastante do computador em questão de processamento, podendo levar minutos ou até mesmo horas! E é aqui que mora o problema, quem é que pode ficar parado esperando todo esses tempo por uma renderização?
Todo este processamento depende de um motor de renderização, que no caso do Revit usa o Autodesk Raytracer incorporado o programa, isto é, ele já faz parte do Revit.
Mas você também pode utilizar motores de renderização externos, como o V-ray, Enscape, Lumion e, a partir da versão 2023.1, o Revit oferece o Twinmotion.
Mas o objetivo aqui é justamente trabalhar com o motor de renderização nativo do Revit, então vamos aprender como funciona e como configurar o renderizador do Revit.
Renderização no Revit, como configurar?
Antes de sair renderizando, é importante compreender que a qualidade de uma imagem renderizada depende de uma série de fatores onde devemos considerar a correta configuração dos materiais, qualidade das texturas, boa iluminação (natural ou artificial) e uma correta configuração de render.
Cada um destes itens serão abordados separadamente em novos artigos, aqui vamos nos concentrar nas configurações básicas de renderização.
Não menos importante, também precisamos de câmeras corretamente posicionadas, afinal uma renderização nada mais é do que uma fotografia do seu projeto, então um bom enquadramento também é fundamental.
Se quiser saber mais sobre as configurações de câmera no Revit, vou deixar o link para um artigo completo logo abaixo:
Como exemplo vou utilizar o projeto padrão do Revit, utilizando a câmera do Living Room.
Para renderizar esta cena vamos até a aba Vista e no painel Apresentação localize o botão Renderizar (Atalho RR).
Ao clicar no botão Renderizar, será exibida a janela Renderização.
Nesta janela, temos acesso a todas as configurações e ajustes disponíveis para a nossa renderização. Para um melhor entendimento, vamos conferir o que cada campo permite configurar.
Renderizar
O primeiro botão que temos é justamente o de Renderização. Ao clicar neste botão o processo de renderização da sua vista é iniciado.
Para que seja possível fazer todos os ajustes necessários, é inevitável fazer um render de teste, afinal como vou saber o que ajustar se não faço ideia de como a imagem renderizada vai ficar?
Clicando em Renderizar o Revit inicia o processo de renderização, onde temos uma janela que informa o andamento da renderização.
A janela é muito simples, onde temos uma barra indicando o progresso e algumas informações como a quantidade de luzes artificiais ativadas, o tempo de renderização decorrido até o momento e nível completado (vamos entender o que é esse nível logo adiante).
Ao finalizar o processo de renderização, já podemos conferir o resultado.
Ao ativar a renderização, toda a vista será renderizada, porém é possível renderizar apenas uma área da vista em específico, marcando a opção Região.
Ao ativar a opção Região, será exibido um retângulo vermelho no centro da vista.
Este retângulo define qual a área da vista será renderizada. Para redimensionar o retângulo, basta selecioná-lo e usar as alças de edição (bolinhas azuis).
Após definir a região que deseja renderizar, basta clicar no botão Renderização e aguardar a finalização do processo.
Não se esqueça de desmarcar o campo Região quando quiser renderizar a vista por completo!
Agora que já fizemos um primeiro teste de renderização, podemos passar para os próximos campos e entender que tipos de ajustes podem ser realizados.
Qualidade
O Revit oferece diferentes níveis de qualidade da renderização, onde quanto maior a qualidade, mais processamento (e tempo!) é exigido do seu computador.
No campo Qualidade temos apenas um campo, o de Configuração onde podemos escolher o nível de qualidade dentre uma lista de opções.
Cada opção nos oferece diferentes resultados, porém precisamos entender o porquê destas diferenças, então para um melhor entendimento dos resultados, vamos clicar no campo Editar, assim teremos acesso a janela Configurações de qualidade de renderização.
Nesta janela, são exibidos os critérios de precisão, qualidade e duração da renderização. No campo Configuração de qualidade podemos ir selecionando as diferentes opções padrão e conferir como que cada um deles é configurado.
Observe que quanto maior a qualidade, mais elaborados são os ajustes. Vou fazer um comparativo entre as opções Rascunho e Melhor para entendermos a diferença.
Observe que em uma renderização de qualidade Rascunho, temos uma configuração simplificada e com menos níveis, já na qualidade Melhor, temos uma configuração avançada e com muito mais níveis.
Porém para compreender estes resultados precisamos compreender como os campos Precisão do material e iluminação e Duração da renderização impactam no resultado, para isso vou recorrer a um arquivo de teste, que chamamos de Cornell Box.
Cornell Box é uma caixa de teste que determina a precisão do software de renderização, onde uma cena idêntica é construída fisicamente e fotografada, permitindo a comparação do resultado da renderização com um modelo real.
A versão física da Cornell Box é fotografada em condições de iluminação controladas com uma câmera profissional. Infelizmente não vou conseguir comparar com sua versão física, mas mesmo assim a Cornell box é um excelente recurso para entendermos a qualidade da renderização.
Voltando a janela Configurações de qualidade de renderização, temos um campo chamado Precisão do material e iluminação, que nos oferece duas opções:
- Simplificado – materiais e sombras aproximadas.
- Avançado – materiais e sombras precisos.
Apesar da descrição, só vamos ter um correto entendimento se fizermos um comparativo. Vou usar a Cornell Box para analisarmos o impacto no resultado.
No modo rascunho a renderização foi realizada em poucos segundos, porém fica evidente que as sombras não foram corretamente calculadas. Já no modo Melhor as sombras apresentaram melhor resultado, porém o tempo de renderização chegou na casa dos minutos.
No processo de configuração, recomendo que você use a opção Rascunho para a maioria dos testes e deixe os modos Melhor, Alta e personalizado para renderizações finais.
Temos que entender que o campo Precisão do material e iluminação basicamente define se a renderização irá utilizar um cálculo simples ou avançado, porém outro fator crucial para garantir a qualidade da renderização é o tempo que o Revit terá para calcular o render.
Este tempo é subdivido em níveis, que podemos controlar no campo Duração da renderização.
Temos aqui três diferentes formas de controlar o tempo de renderização:
- Renderizar por nível – permite definir entre 1 e 40 níveis, quanto maior o valor, melhor a qualidade e consequentemente maior o tempo necessário para a renderização.
- Renderizar por tempo – Você pode estipular um tempo limite para a renderização, que será interrompida independente da qualidade.
- Até satisfatório – a vista será renderizada progressivamente até que você finalize o processo manualmente.
A opção mais utilizada é a Renderizar por nível, onde cada nível realiza uma “varredura” na sua vista, analisando materiais, reflexos, luzes, sombras e diversos outros detalhes para gerar uma imagem com o máximo de realismo, desta forma quanto mais níveis (varreduras), melhor será o resultado.
As configurações padrão que o Revit nos oferece adotam diferentes quantidade de níveis, que impactam diretamente no resultado final, onde tempos:
- Rascunho – Simplificado e Renderizar por nível = 1
- Média – Simplificado e Renderizar por nível = 5
- Alta – Avançado e Renderizar por nível = 10
- Melhor – Avançado e Renderizar por nível = 20
Um detalhe importante aqui é que a renderização não faz um “julgamento” da qualidade, por exemplo, em uma renderização com 20 níveis, caso a qualidade máxima seja atingida no nível 12, o Revit continuará calculando a renderização até chegar no nível 20, mesmo que isso não melhore a imagem.
Sendo assim, se o resultado da renderização estiver satisfatório para você, pode interromper sem medo.
Uma queixa muito comum é que alguns profissionais renderizam na qualidade rascunho e quando mandam renderizar na qualdade alta ou melhor, o resultado fica “pior”, com granulados e manchas.
Lembre-se que quando o modo Avançado é ativado, o calculo que o Revit realiza é mais complexo, sendo necessário um maior número de níveis (varreduras) para que a imagem não apresente estes problemas.
Desta forma, se necessário, mude para o modo personalizado e aumente a quantidade de níveis da renderização.
Mas qual opção eu devo escolher?
Vai depender do que você precisa. Na etapa de teste e configurações iniciais do projeto, o modo rascunho resolve bem, já quando for necessário uma qualidade para apresentação do projeto, você pode trabalhar com as opções Alta ou Melhor.
Se mesmo assim o resultado não for satisfatório, entre no modo personalizado e aumente a quantidade de níveis, isso permitirá um melhor resultado. Porém a qualidade final da renderização também depende de outros fatores, que vamos conferir nos campos a seguir.
Configuração de saída
Em Configuração de saída podemos definir a resolução da imagem que será gerada, onde podemos escolher entre as opções Tela ou Impressa.
Apesar de apenas duas opções é muito importante compreender a diferença entre estes dois campos.
O campo Tela considera que a imagem não será impressa, onde temos o controle de dimensionamento em Pixels. Já a opção Impressora controla a qualidade da imagem por DPI (Pontos por polegada), que é exibido em milímetros.
Você vai notar que a opção Tela, que controla a imagem por pixels, não tem nenhum campo que permita o redimensionamento da imagem. Este controle é realizado diretamente na vista, selecionando a imagem e na aba Modificar | Câmeras na opção Tamanho do recorte.
Na janela Tamanho da região de recorte podemos definir a largura e altura da imagem final.
O campo Modificar permite que você escolha se o redimensionamento será livre em Campo da vista ou se você quer preservar a proporção, em Escala (proporções bloqueadas). Importante lembrar que quanto maior o tamanho da imagem, maior será o tempo de renderização.
Voltando as Configurações de saída, o campo Impressora nos oferece a possibilidade de definir o DPI da imagem (Dots Per Inch – Pontos por polegada), que apesar das opções entre 75 e 600, você pode digitar o valor desejado no campo.
Mas o que é DPI?
Uma imagem impressa é composta por pontos coloridos minúsculos, onde o DPI é uma amostragem que identifica a quantidade destes pontos no espaço quadrado de uma polegada.
A quantidade de pontos afeta diretamente na qualidade da imagem, onde quanto maior a quantidade de pontos, mais suave e nítida a imagem, quanto menor, menos nítida a imagem vai ficando, que com resoluções muito baixas é possível ver o quadriculado da imagem.
Aqui também podemos adotar a estratégia “rascunho”, onde enquanto estivermos realizando renderizações de teste, usamos uma menor resolução para ganhar velocidade na renderização, aumentando a qualidade apenas na renderização final.
Iluminação
A iluminação é uma peça chave na qualidade da renderização, desta forma temos um campo exclusivo para cuidar deste assunto.
A iluminação de uma vista pode ser feita com iluminação natural (sol), iluminação artificial (luminárias) ou uma combinação de ambos. O campo Esquema controla exatamente isso, qual será a fonte de iluminação da cena.
Outro fator que também temos é o tipo de ambiente que será renderizado, no caso se é no Exterior ou no Interior. Não se engane, essa informação afeta completamente a qualidade da sua renderização.
Observe que temos basicamente dois grupos de opções, contemplando exterior e interior com as combinações de Sol apenas, Sol e artificial e Artificial apenas. Vou fazer um comparativo para um melhor entendimento.
O interessante destas opções é que não precisamos “desligar” as luzes, basta escolher o modo de renderização que as fontes de luz são ignoradas.
Além do esquema de iluminação, temos a Configuração de sol, que permite fazer os ajustes necessários na iluminação natural. Clicando nos “três pontinhos” temos acesso a janela de configurações.
Agora temos acesso a janela Configuração do Sol, onde podemos definir localização, horário e direção da luz do sol.
Este painel tem um grande conjunto de configurações que já foram explicadas em outro artigo, então vou deixar o link logo abaixo para que você possa conferir em detalhes o que cada campo permite fazer:
Mas para você ter uma ideia, vou fazer um comparativo mudando apenas o horário para percebermos o impacto da luz do sol no ambiente.
Por fim temos o campo Luzes artificiais. Importante, este campo só fica habilitado se o esquema de renderização estiver configurado para renderizar luzes artificiais.
O campo Luzes artificiais permite que você escolha quais luzes estarão acesas na renderização, de forma que você pode escolher as fontes de luz individualmente ou por conjuntos.
Vou fazer uma simulação com três fontes de luz, de forma que todas elas estão habilitadas na janela Luzes artificiais.
Esta é a configuração padrão. Mas digamos que você precisa desligar alguma fonte de luz em específico. Podemos fazer isso desmarcando as fontes de luz indesejadas na coluna Ativado/Desativado.
Vou fazer uma simulação deixando apenas uma das fontes de luz ligadas.
Com isso percebemos o leque de possibilidades que temos para controlar a composição de iluminação da nossa vista.
Por fim temos a coluna Esmaecimento, onde podemos esmaecer (enfraquecer) a intensidade da fonte de luz na cena.
Temos uma faixa entre 0 e 1 de controle onde 1 corresponde a iluminação padrão da fonte, ou seja, sem nenhum tipo de alteração e zero apaga a fonte de luz por completo.
Plano de fundo
Na opção Plano de fundo podemos escolher um “céu” de fundo para a nossa vista. Recurso muito útil para cenas externas ou ambientes com visão da área externa da edificação.
O Revit nos oferece uma lista de opções que vão de céu limpo sem nuvens até um céu mais carregado, permitindo criar diferentes atmosferas para a sua vista.
Além das diferentes opções de céu é possível escolher uma cor para de plano de fundo. Ao selecionar a opção Cor será exibido um novo botão, que clicando sobre ele temos acesso a janela Cor.
Na janela Cor podemos escolher uma cor usando o campo cores básicas, definindo o RBG (mistura entre vermelho, verde e azul) ou mesmo acessar a tabela Pantone (sistema numérico que identifica as cores com alta precisão).
Também é possível utilizar uma imagem de fundo, o que abre o vasto leque de possibilidades.
Ao clicar em personalizar imagem temos acesso a janela Imagem de plano de fundo, onde você precisa localizar o arquivo da imagem desejada.
Também podemos fazer alguns ajustes como Definir a escala da imagem ou o seu Deslocamento, que apesar de ajustes simples e práticos os mesmos devem ser utilizados com cuidado para não gerar distorções exageradas nas imagens.
Alguns cuidados importantes no uso de imagem estão relacionados a iluminação natural, para que as sobras façam sentido em relação a imagem. Pense que se o sol está aparecendo atrás da casa, não faz sentido a frente da casa ser iluminada.
Por fim temos a opção Transparente. Basicamente esta opção renderiza a sua cena e “recorta” o céu, deixando o fundo transparente, onde podemos utilizar um editor de imagens, como o Photoshop, para inserir o céu e outros detalhes.
Imagem
O campo imagem é um dos mais importantes recursos na janela de renderização. Aqui podemos fazer uma série de ajustes de exposição da imagem renderizada, que de certa forma funciona como uma pós produção.
No botão Ajustar exposição temos acesso a janela Controle de Exposição, que nos oferece uma série de controles de ajuste para a imagem que você acabou de renderizar.
Muitas vezes uma imagem renderizada é dada como “perdida” pois ficou escura, com muitas sombras ou com uma tonalidade não muito interessante. Antes de descartar qualquer imagem é importante fazer o correto controle de exposição, assim é possível “salvar” a sua imagem.
Cada um dos campos controla um aspecto diferente da imagem, então vou apresentar cada um deles separadamente.
Valor da exposição
O valor da exposição é um conceito amplamente utilizado em fotografia, onde a nossa “foto” é obtida através da captura da luz que reflete em todos os elementos da sua vista.
Por exemplo, na imagem abaixo temos um resultado que a primeira vista parece muito ruim, está muito escuro, o que seria motivo suficiente para descartarmos a imagem.
Ao conferir o Valor de exposição, identifiquei que o mesmo estava com 14, ou seja, mais próximo do “mais escuro”. Reduzindo o valor para 10, temos um resultado muito mais interessante.
Com uma simples redução do Valor da exposição temos um excelente resultado, ou seja, “salvamos” a renderização. É importante destacar que não existe um “valor ideal”, onde para cada renderização teremos que conferir o resultado e fazer os ajustes necessários.
Também é preciso entender o tipo de atmosfera que você quer que a cena tenha, portanto experimente a vontade.
Realces
Realces controlam os Highlights, as áreas de brilho ou destaque da sua imagem, principalmente aquele brilho branco que é comum em áreas de reflexo como metais, pedras, vidros, etc.
Em muitos casos é comum que a iluminação da cena dê uma “queimada” em alguns pontos, isto é, ao invés de exibir a cor da superfície corretamente, a cor predominante acaba sendo o branco. Desta forma, ao reduzir o valor de Realces, este efeito é reduzido ou mesmo eliminado.
Observe que na imagem abaixo temos uma imagem com uma boa exposição, porém temos uma área onde o branco deu uma “estourada”, deixando um aspecto ruim.
cessando a janela de controle de exposição, conferi que o valor do campo Realces está em 0,50. Reduzindo este valor para 0,00 o resultado melhora muito.
O campo Realces não precisa ficar zerado sempre, o valor ideal pode variar de uma imagem para outra, então é importante fazer alguns testes até atingir um resultado satisfatório.
Sombras
O campo sombras controla a intensidade dos tons mais escuros da sua imagem, no caso as áreas de sombra, sendo possível intensificar ou suavizar o efeito.
Os valores aqui tem um intervalo entre 0.10 até 4.00, sendo que valores baixos deixam as sombras mais suaves e valores altos intensificam o efeito da sombra.
O impacto é bem sutil mas ainda assim permite um controle bem refinado do resultado.
Saturação
O campo Saturação controla a intensidade das cores da sua imagem, onde quanto mais alto o valor mais vivida a imagem fica e quanto mais baixo, mais acinzentada a imagem se torna.
O valor 1,00 corresponde a uma imagem sem nenhum tipo de ajuste de saturação, ou seja, são as cores reais da sua imagem. Ajustes aqui acabam gerando um efeito mais no sentido estético do que de correção de cores, porém é possível obter resultados bem interessantes.
Ponto Branco
Ponto branco é um recurso que controla a temperatura de cor da sua imagem, que é medido utilizando a escala Kelvin.
De acordo com a cor da fonte luminosa, seja uma luminária ou o próprio sol, podemos ter tonalidades mais azuladas ou amareladas, o que, apesar de ser um efeito normal, gera uma distorção das cores da sua imagem.
Com o campo Ponto branco podemos minimizar ou até mesmo eliminar este efeito da imagem. O valor de 6500 corresponde a luz do sol ao meio dia, onde temos uma luz branca e usamos como referência para identificar que a cor dos objetos é 100% precisa.
Em algumas situações a proposta é justamente oposta. O ambiente não tem nenhum efeito de iluminação, onde a ferramenta Ponto branco oferece a possibilidade de se gerar toda uma atmosfera para o ambiente.
Reinicializar
Um recurso simples, mas muito importante é o Reinicializar, que remove todas as alterações realizadas e volta os campos para os valores originais.
Sempre que o resultado não ficar satisfatório ou você não conseguir desfazer o ajuste realizado um clique em reinicializar irá resolver o problema.
Salvar para o projeto ou Exportar
Finalizados os ajustes, podemos finalmente salvar a nossa imagem. É muito importante ter em mente que caso a janela de renderização seja fechada, a imagem renderizada é definitivamente apagada, então precisamos salvar a nossa imagem.
O Revit nos oferece duas opções, onde a primeira é salvar a imagem diretamente no projeto. Para isso basta clicar na opção Salvar para o projeto, onde a imagem ficará armazenada no seu arquivo e poderá ser acessada pelo Navegador de Projeto.
Ao clicar nesta opção, será exibida a janela Salvar para o projeto, onde você precisa definir o nome da imagem.
As imagens salvas serão armazenadas no Navegador de projetos, no campo Renderizações.
O interessante aqui é que a mesma renderização pode ser salva mais de uma vez, ou seja, você pode fazer uma renderização e salvar os diferentes ajustes de exposição em imagens separadas, uma opção muito prática!
Além de salvar para o projeto temos a opção Exportar, onde podemos salvar a imagem renderizada em uma pasta de nossa preferência fora do projeto.
Clicando em Exportar basta definir o nome e o local onde a imagem será salva.
Exibir modelo
Quando fazemos uma renderização, o resultado é exibido diretamente na vista, porém, se você fechar a janela a renderização é perdida.
Mas em alguns casos você precisa conferir a sua vista sem o efeito de renderização, para isso temos o botão Exibir modelo, que ao ser pressionado a renderização é removida da vista, porém você pode recuperar a renderização clicando novamente no botão Exibir modelo.
Dicas!
Além dos ajustes e configurações de renderização, é preciso ter em mente qual o propósito da sua imagem. Você vai compartilhar na internet? A imagem será impressa? Ela faz parte de uma folha de projeto?
Ao renderizar uma imagem para a internet, 72 DPI já é suficiente para obtermos um resultado de boa qualidade, então aumentar o DPI não terá impacto significativo. Tanto é que a escolher a configuração de saída como Tela, o Revit fixa o valor de 96 DPI.
A opção Tela entende que esta imagem não será utilizada no projeto, mas sim exportada para fora do Revit, por isso não temos opção de controlar a sua resolução.
Agora quando o propósito da imagem é a impressão, selecione a opção Impressora, onde é possível escolher o DPI da imagem, desta forma você terá um controle mais fino da qualidade da imagem.
Para que a impressão da sua imagem renderizada tenha qualidade, recomendo o mínimo de 200 DPI, mas se possível 300 DPI. Observe que de acordo com a configuração de DPI a imagem mantém as suas dimensões, porém a quantidade de pixels aumenta exponencialmente.
O impacto na qualidade da imagem é evidente se fizermos um comparativo.
Porém temos um preço a ser pago, que é o tempo.
Mas se eu vou gerar um PDF isso não é problema né?
Na verdade é, pois as imagens renderizadas que são inseridas nas folhas passam por um processo chamado rasterização, que nada mais é do que a conversão dos dados vetoriais em pixels, ou seja, mesmo que você gere um PDF a imagem será preparada para ser impressa.
O tempo pode aumentar (muito!) de acordo com a qualidade desejada, então é sempre importante analisar o melhor custo benefício.
Conclusão
Uma boa imagem renderizada pode fazer a diferença na apresentação do seu projeto, desta forma é fundamental conhecer os recursos de render, configurações e ajustes para conseguir uma boa imagem!
Tem alguma dúvida no processo de renderização ou alguma outra sugestão? Compartilhe sua dúvida, ela pode virar uma publicação exclusiva!
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