O AutoCAD 2025 chegou, venha conferir as principais novidades e novos recursos disponíveis neste review completo!
AutoCAD 2025
“As pessoas ainda usam o AutoCAD? Não é ultrapassado?”
Todo ano é a mesma coisa, qual o papel do AutoCAD nos dias de hoje. Aqui no site o público é massivamente do setor da construção civil, de forma que acho importante esclarecer essa dúvida.
O uso do AutoCAD continua sendo muito expressivo na construção civil, mesmo que você não acredite nisso. Do pequeno profissional autônomo a grandes construtoras, além de ser um dos principais softwares de entrada neste setor tão concorrido.
Como todo ano temos uma nova versão do AutoCAD e nem todo mundo tem tempo de acompanhar as novidades, vou deixar o link de alguns artigos de review das versões anteriores.
AUTOCAD 2024! CONHEÇA AS NOVIDADES!
AUTOCAD 2023! CONHEÇA AS NOVIDADES!
AUTOCAD 2022! CONHEÇA AS NOVIDADES!
Bora conferir as novidades do AutoCAD 2025?
Activity Insights
A ferramenta Activity Insights foi lançada no AutoCAD 2024 e sofreu algumas melhorias.
A ferramenta Activity Insights funciona como um histórico de alterações realizadas no seu projeto, um recurso bem interessante principalmente quando falamos de trabalho em equipe.
Para acessar a ferramenta Activity Insight vá até a aba View e no painel History clique em Activity Insight.
A primeira novidade é que as funcionalidades da ferramenta DWG History (lançada na versão 2021) foram incorporadas ao Activity Insight, o que faz muito mais sentido.
Desta forma, ao armazenar o se arquivo na nuvem em um serviço compatível (Autodesk Docs, Google Drive, OneDrive, Box e Dropbox) e é salvo, uma nova versão do arquivo aparece como uma atividade “Versão” na paleta Activity Insights.
Você pode inclusive clicar na opção Compare para visualizar as diferenças entre a versão atual e anterior.
Outra funcionalidade interessante é que você não precisa nem abrir o arquivo para conferir eventuais alterações. Basta ir até a aba Start, localizar o seu projeto no painel Recent e clicar nos “três pontinhos” para abrir a janela Activity Insights na lateral direita.
OPINIÃO – Já fiz projetos em equipe onde um dos “colegas” faziam alterações que davam errado e era um parto descobrir o “pai da criança”. Com esse recurso podemos evitar estes e outros problemas, além de ter um controle refinado das modificações do projeto. Muito bom!
Smart Blocks
Os blocos do AutoCAD 2025 ganharam alguns recursos que fazem uso de inteligência artificial, o que quer dizer que além de já serem funcionalidades muito eficientes, se tornarão cada vez melhor com o passar do tempo. Vamos conhecer estes recursos.
Convert
Uma funcionalidade bem interessante é a possibilidade de converter geometrias do seu projeto em blocos. Este recurso só esta disponível via atalho, então você precisa digitar BConvert.
Mas antes de acessar o comando vamos criar uma situação para usar esta ferramenta. Imagine o seguinte cenário: tenho um projeto com diversas cadeiras, porém elas não são blocos, são apenas linhas e outras geometrias.
Nas versões anteriores do AutoCAD transformar estas cadeiras em blocos seria um pesadelo! Teríamos que transformar uma delas em bloco, deletar as outras cadeiras e reinserir o bloco em cada uma das estações de trabalho. Que sufoco!
Claro que o problema poderia ser pior, como por exemplo eu já ter um bloco desta cadeira no projeto, que é justamente o caso aqui.
Mas agora com os blocos inteligentes eu posso converter essas cadeiras em blocos de maneira automática, de forma que posso inclusive decidir se quero criar um bloco totalmente novo ou quero que elas sejam um bloco já existente no projeto.
O primeiro passo é digitar o comando BCONVERT e pressionar Enter. será exibida na linha de comando uma mensagem pedindo para que eu selecione uma única cadeira como “amostra” para o bloco que vamos converter.
Selecione os objetos desejados e pressione Enter novamente. A exibição do seu projeto vai mudar, onde a imagem ficará esmaecida (meio transparente) e todas as entidades do projeto que forem geometricamente parecidas com os elementos selecionados ficarão destacadas na cor verde.
Observe que além das cadeiras similares que eu preciso transformar em blocos, os blocos que tem a mesma aparência da cadeira também foram selecionados.
Na linha de comando temos uma nova mensagem, perguntando se quero converter todos as cadeiras do projeto em blocos ou se quero remover alguma das cadeiras.
Não vou fazer alterações, de forma que todas as cadeiras serão convertidas em bloco. Depois de fazer a seleção e pressionando Enter a janela Convert é ativada. É aqui que a brincadeira começa.
A janela é bem simples. Na coluna Selection são listados todas as geometrias “similares”, isto é, formas geométricas que tem o mesmo formato e que possam ser convertidos em blocos.
Como eu não removi nenhuma cadeira ele identificou que terei 63 cadeiras ao final do processo. Importante observar que esta conta inclui as cadeiras que já são blocos.
Já na coluna Convert To precisamos fazer alguns ajustes. O primeiro é decidir se vamos transformar essas geometrias em um bloco existente no projeto (Existing Block) ou se vamos criar um novo bloco (New Block). Ao selecionar uma dessas opções o painel abaixo se modifica.
Vou começar com a opção Existing Block, onde uma vez que desejamos transformar as cadeiras em um bloco existente precisamos dizer que bloco será esse. Aqui temos duas opções: selecionar o bloco de uma lista ou usar o botão Select e selecionar o bloco.
Como não me recordo de cabeça o nome do bloco vou clicar em Select para selecionar o bloco. A janela Convert será temporariamente fechada e na linha de comando temos a orientação para selecionar o bloco que desejamos.
Clicando sobre o bloco a janela Convert é reaberta e no campo Select a block o nome do bloco selecionado é exibido. Agora que já cumprimos todas as etapas podemos clicar em Convert.
Mas não se engane! Ainda não terminamos! Como estamos recorrendo a um bloco existente precisamos fazer alguns ajustes. Observe que junto do cursor do mouse temos uma lista de opções.
Mas o que eu faço aqui?
Não tem nada de complicado nesta etapa. Trata-se de um pequeno ajuste. Se você observar a cadeira que selecionamos para converter em bloco temos uma sobreposição de imagem.
A explicação é bem simples. Como vamos converter a geometria em um bloco existente precisamos “alinhar” a posição do bloco para evitar que ele seja alterado e fique no lugar errado ou mesmo girado. As opções que temos junto do cursor do mouse são justamente para isso.
No meu caso vou precisar girar a cadeira, então usei as opções Rotate e Move. Por fim cliquei em Accept para finalizar.
Ao finalizar todas as cadeiras foram convertidas em blocos, de forma que as novas cadeiras e as antigas cadeiras são o mesmo bloco.
Importante! Após a conversão, todos os blocos de cadeira (existentes e novos) foram movidos para a camada atual, então se também quiser que eles permaneçam na camada da cadeira original, antes de usar a ferramenta BCONVERT altere a camada atual.
Mas e a opção New Block?
A opção New block tem um fluxo muito parecido, com a diferença que precisamos definir um nome para o novo bloco e escolher o ponto de base, onde temos duas opções: O AutoCAD define de forma automática o centro da geometria ou nós podemos clicar no “+” para escolher esse ponto.
Se você clicar no “+” para escolher o ponto a janela Convert é fechada temporariamente e podemos clicar onde desejarmos. Observe que o AutoCAD indica em amarelo o centro da geometria, no caso o ponto de base atual.
Assim que você clicar no local desejado para o ponto de base a janela Convert é reaberta, onde podemos clicar em Convert para finalizar.
Importante! O AutoCAD vai converter um novo bloco tanto as cadeiras antigas como as novas! Então se não for esse o seu objetivo, assim que o comando BCONVERT exibir a mensagem Select instances, selecione os blocos que você não deseja que sejam convertidos.
Em um primeiro momento você pode dizer “Ah, mas meus projetos são organizados, não preciso transformar nada em blocos”, mas temos um outro cenário interessante, a importação de PDF.
Já não é novidade que o AutoCAD consegue converter arquivos PDF em DWG com uma qualidade muito boa, mas que tal conseguir detectar e converter blocos?
Fiz um teste com uma planta simples e em um primeiro momento fiquei decepcionado pois nenhum bloco foi detectado, mesmo com algumas portas e janelas bem evidentes no projeto.
Porém eu não havia me dado conta de um detalhe importante, a unidade do meu projeto. Como iniciei o projeto com um template Acadiso.dwg a sua configuração padrão de unidade é milímetros, porém o meu projeto esta em metros!
Observe que na própria janela Detect temos um ícone para acessar as unidades do arquivo.
Na janela Units alterei a unidade para metros.
E para a minha surpresa o resultado foi bem diferente.
Fiz uma sobreposição com os melhores resultados desta planta para você ter uma ideia do resultado.
OPINIÃO – Achei uma das melhores novidades dessa versão, de forma que com poucos cliques resolvemos um problema que poderia tomar algumas horas para solucionar manualmente. Só achei estranho não ter um botão para ativar este recurso, acho que assim ele teria o merecido destaque!
Object Detection
A ferramenta Detect permite fazer uma varredura no seu projeto e localizar formas geométricas que possam ser convertidas em blocos!
A ferramenta Detect está disponível na aba Insert, dentro do painel Block.
Ao ativar a ferramenta será exibida a paleta Detect, que iniciará uma varredura em seu projeto buscando geometrias que possam ser convertidas em blocos.
Observe que no topo da ferramenta temos um alerta que diz:
“Object Detection é uma prévia tecnológica. Isso significa que a capacidade de detecção é continuamente melhorada, então nos encorajamos que você continue testando”.
Isso quer dizer que se você testar essa ferramenta hoje e ela não gerar o resultado, em alguns meses ou mesmo semanas pode ser que ela já tenha sido “treinada” o suficiente para que você obtenha o resultado esperado.
Vou usar um arquivo nativo do AutoCAD para testar, que é a planta baixa de um edifício.
Ao ativar a ferramenta Detect algumas mensagens com dicas vão sendo exibidas enquanto a varredura é realizada.
As mensagens informam que a detecção está rodando “no fundo”, ou seja, você pode continuar trabalhando, que a ferramenta funciona melhor com plantas arquitetônicas e que a configuração das unidades do arquivo afeta o resultado.
Finalizado o comando será exibida uma mensagem informando quantos objetos foram definidos e quantas instâncias foram encontradas.
Porque a quantidade de objetos e instâncias é diferente?
É simples. No meu caso a ferramenta Detect encontrou 15 objetos que podem ser convertidos em blocos, já a quantidade de instâncias são relativas a quantidade de cópias desse bloco. Por exemplo, a ferramenta Detect pode encontrar um objeto que seria uma porta e que esta porta se repete 15 vezes por todo o projeto.
Clicando no botão Review objects entramos no modo de revisão, onde a borda da tela ficará com um contorno azul e teremos um menu de opções na parte superior central da tela.
No menu Detection temos algumas ferramentas bem simples.
O objetivo aqui é conferir todos os “possíveis blocos”. Logo no início temos o resultado da varredura (15 objetos) e duas setas, que permitem passar de um bloco para o outro. Cada geometria identificada é exibida com uma caixa azul em seu entorno.
Você vai notar que algumas geometrias ele acerta em cheio, como portas, cadeiras, etc. Já outras não fazem muito sentido, então temos outros dois botões que podem ser utilizados, sendo o primeiro deles o Convert.
Clicando sobre a opção Convert acessamos a janela Convert que vimos anteriormente. Aqui o processo é o mesmo, você pode converter esta geometria em um bloco que já existe no projeto ou em um novo bloco.
Ao fazer a conversão a tela da uma leve piscada e retornamos ao modo de Review. Porém você irá notar que tivemos uma alteração na quantidade de possíveis blocos identificados.
Mas o que eu faço quando o resultado for ruim?
Nestes casos temos o botão Report Error (a “bandeirinha”), onde podemos notificar que a geometria não corresponde a um bloco.
Clicando sobre ela temos três tipos de notificação de erro disponíveis:
- Incorrect object – algumas instâncias não fazem sentido.
- Multiple objects type – o conjunto contém vários tipos de objetos.
- Missing Objects – estão faltando objetos semelhantes.
Independente da escolha o “candidato a bloco” que foi reprovado continua listado.
Por fim temos os “três pontinhos” que nos oferecem duas opções:
- Primary Instance – permite selecionar qual será a instância primária, isto é, qual será o “bloco original” para que os demais sejam cópias.
- Remove instances – permite remover uma instância, de forma que ela não será convertida em bloco.
OPINIÃO – Excelente recurso, ainda mais se considerarmos que ele será aprimorado continuamente, desta forma não precisamos esperar uma nova versão ou atualização do AutoCAD para termos acesso a melhorias desta ferramenta.
Acredito que a única coisa que eu gostaria é uma opção para escolhermos em qual camada os blocos devem ser criados.
Hachuras – Desenhar preenchimento
A ferramenta hachura ganhou algumas melhorias no AutoCAD 2025, mais precisamente nos métodos de preenchimento.
O processo inicial é o mesmo, primeiro você acessa a ferramenta Hachura na aba Home, painel Draw.
Com a ferramenta Hatch ativada temos acesso a aba Hatch Creation.
Mesmo com toda estas opções o recurso que procuramos está na linha de comando, na parte inferior da tela, mais precisamente na opção Draw (Desenho).
Clicando em Draw podemos simplesmente desenhar uma “linha”, que vai utilizar a hachura escolhida como padrão de desenho.
Observe que após o primeiro clique são exibidas opções iguais as da ferramenta Polyline, onde inclusive, se quiser desenhar um perímetro fechado, faça todo o percurso e digite a letra C (close).
Além da opção de desenhar igual uma “linha”, quando clicamos em Draw temos acesso a mais uma lista de opções.
Selecionando a opção Rectangle podemos criar um preenchimento de hachura sem a necessidade de um “limite”, transformando a hachura em um preenchimento livre.
No exemplo acima usei o recurso de hachura para destacar determinados elementos do projeto, algum impensável em versões anteriores.
Importante! Observe que para cada preenchimento precisei clicar novamente na opção Rectangle, para reativar a função.
Quando você clicar na opção Rectangle serão exibidas algumas opções.
Vamos conferir o que cada opção faz:
- Chamfer – define um valor de chanfro para o retângulo.
- Elevation – permite controlar a “altura 3D” do retângulo, alterando a altura do eixo Z (não recomendo).
- Fillet – define um valor de arredondamento para as quinas do retângulo.
A opção circle permite obviamente criar círculos, onde temos, assim como a retângulo, diferentes opções para desenhar o círculo de hachura.
Mas e a espessura dessa hachura aí?
Para alterar a espessura, basta ir até a opção Width.
Agora basta alterar para o valor desejado.
Além das opções que simulam a ferramenta “polyline” para desenhar com hachuras, temos a opção AREA, onde podemos desenhar o perímetro de preenchimento. Para isso basta clicar em Mode e alterar para AREA.
Esta opção é excelente para preencher aqueles espaços “teimosos” que por algum motivo o comando hachura com pick point não consegue detectar.
OPINIÃO – A possibilidade de desenhar o preenchimento das hachuras oferece não apenas maior flexibilidade no seu uso como também um novo leque de possibilidades, principalmente quando usamos a opção Path (caminho) para desenhar formas geométricas com hachura.
A única coisa que eu gostaria é que fosse adicionado um painel para ativarmos estas opções, limitá-las à linha de comando deixa o fluxo de trabalho um pouco lento.
Esri Maps
Agora além do sistema de mapas do BING temos acesso aos mapas da plataforma ESRI.
A Esri é líder de mercado global em software de sistema de informações geográficas (GIS), inteligência de localização e mapeamento.
Acredito que muitos usuários de AutoCAD nem sabiam que era possível trabalhar com mapas e geolocalização dentro do AutoCAD. Se quiser saber mais sobre estes recursos do AutoCAD vou deixar o link de um artigo completo sobre o tema.
PLANTA DE SITUAÇÃO GEOLOCALIZADA – AUTOCAD
Para acessar esse recurso basta ir até a aba Insert e localizar o painel Location. Nele ainda temos acesso aos mapas Bing e agora aos mapas ESRI.
Na janela Geographic location você pode fazer a busca pela localização desejada. Fiz uma busca bem de qualquer jeito, escrevi “Masp são paulo” e o resultado foi impecável.
O resultado é exibido na tela e na lateral esquerda, que nos permite inclusive inserir um “alfinete” para demarcar a localização, onde basta clicar em Drop Make Here. m seguida vou clicar em Next, para continuar o processo.
A próxima etapa consiste em especificar o sistema de coordenadas do desenho. Pode selecionar a opção UTM84-23S.
Mas o que é esse negócio de UTM?
UTM significa Universe Transverse Mercator, um sistema de coordenadas baseado em um plano cartesiano, com eixos X e Y, para medir distâncias e determinar a sua posição no globo terrestre. Abaixo um mapa mostrando como o Brasil esta inserido.
Voltando ao AutoCAD, ao clicarmos em Next a janela será fechada, mas o comando Geographic Location ainda esta ativado, ele esta aguardando a definição do ponto de localização.
Que ponto de localização é esse?
Quando você ativou a ferramenta você pesquisou por um endereço, desta forma o AutoCAD precisa que você indique onde você quer posicionar a localização para que o mapa seja inserido ao redor deste ponto. Se você pressionar Enter o mapa será inserido a partir da coordenada 0,0,0.
Pressionando enter será exibida uma nova mensagem perguntando a direção do Norte. A configuração padrão é 90 graus, recomendo não alterar, pressione Enter novamente.
Observe que a tela inteira do AutoCAD foi preenchida com um mapa e temos acesso a aba Geolocation.
Se você der zoom na coordenada 0,0,0 lá estará o nosso Masp!
Na aba Geolocation temos o campo Online map, onde podemos alterar o tipo de mapa ESRI como trocar pelos mapas do BING.
Abaixo uma amostra dos cinco modos de mapa que a ESRI nos oferece.
Os demais recursos de Geolocalização não foram afetados, temos apenas um novo leque de mapas, não tendo assim impacto no seu fluxo de trabalho.
OPINIÃO – Achei excelente a adição de um novo sistema de mapas com o cuidado de não remover o já tradicional BING MAPS, desta forma você pode abrir projetos antigos sem nenhum tipo de impacto no seu projeto.
Trace
A ferramenta Trace foi incorporada ao AutoCAD na versão 2022 e sofreu algumas melhorias discretas porém importantes. Esta ferramenta pode ser acessada na aba Collaborate, painel Traces.
Agora fica mais claro quando você esta fazendo edições no Trace (Traceedit) ou no Desenho (Traceview).
Outro pequeno ajuste foi em relação ao menu suspenso do Trace Settings que pode ser fixado aberto clicando sobre o alfinete.
Por fim e não menos importante, agora é possível ativar a opção REFEDIT, que permite realizar alterações em X-refs que estejam presentes no arquivo sem a necessidade de fechar a ferramenta Trace.
OPINIÃO – É sempre bom ver refinamentos das ferramentas, principalmente quando são solicitações dos usuários, que conforme utilizam as ferramentas podem identificar pontos de melhoria.
Markup Import e Markup Assist
Markup Import e Markup Assist são ferramentas que foram incorporadas ao AutoCAD 2023, e também sofreram algumas melhorias. A ferramenta Markup está disponível na aba Collaborate, painel Traces.
Apenas para contextualizar, a ferramenta Markup Import e Markup Assist permitem que você digitalize uma versão impressa do seu projeto que contenha anotações feitas a mão e sobreponha ao seu projeto, facilitando muito a revisão.
Seguem abaixo as melhorias que foram disponibilizadas:
- Conectar arquivos PDF do Autodesk Docs ao AutoCAD
- Usar o Markup Assist em X-refs.
- Criar Revcloud retangular ou poligonal.
- Criar múltiplas marcações de texto em uma única inserção de texto.
- Agora os estilos de texto e multileaders estão disponíveis no menu suspenso.
Para demonstrar algumas das melhorias, criei um PDF com algumas revisões em vermelho.
Para carregar este arquivo vou até a aba Collaborate e no painel Traces vou clicar em Markup Import.
Será exibida a janela Select a MArkup file to Import. Localize o arquivo e clique em Open.
O próprio AutoCAD se encarrega de fazer a sobreposição do arquivo. Quando ele finaliza é exibida uma mensagem perguntando se você aceita a sobreposição ou se quer fazer algum ajuste.
Após confirmar conferi a sobreposição e não encontrei maiores problemas.
No menu superior, se você clicar na engrenagem terá acesso a uma série de opções de configuração que podem melhorar a visualização. O campo Trace controla o arquivo atual e o Markup a importação que fizemos.
Eu alterei o Drawing Background pela metade e já melhorou bastante a visualização.
Alterei o modo de exibição para Drawing e já é possível visualizar as nuvens de revisão e textos sendo identificados pela ferramenta e no Trace Settings (engrenagem) temos acesso ao menu Annotation Styles, que é uma das novidades dessa versão.
Clicando em uma das “caixas tracejadas azuis” temos acesso ao Markup Assist, onde podemos visualizar as novidades para a conversão do texto.
Ao clicar em uma nuvem de revisão também podemos conferir os novos recursos.
Fiz um teste com uma “foto de celular” do projeto no formato JPG e fiz algumas anotações. O resultado não ficou muito bom, mas consegui perceber que precisamos tomar alguns cuidados.
Fiz anotações com uma caneta esferográfica rosa com caligrafia técnica e cursiva, além de algumas nuvens. O AutoCAD conseguiu identificar a localização das anotações, porém não conseguiu identificar o texto.
Já as nuvens de revisão apenas duas das três foram identificadas.
O que percebi aqui é que podemos “audar” a ferramenta, talvez usando uma caneta marcador que permita um maior contraste das anotações e nuvens. Mas mesmo assim a ferramenta está conseguindo detectar até mesmo com uma caneta esferográfica.
OPINIÃO – Gostei das melhorias e percebi uma melhora na “inteligência artificial” por trás da ferramenta. Talvez alguns achem este recurso desnecessário, mas só quem já participou de reuniões de apresentação de projeto sabe como esse recurso poupa o trabalho de abrir uma folha gigantesca na frente do computador depois da reunião.
Autodesk Assistant
E a inteligência artificial fez sua “estreia” no AutoCAD. As “aspas” são porque a inteligência artificial esta presente no AutoCAD há muito tempo, mas em formato de Chat é a primeira vez.
A ferramenta Autodesk Assistant está disponível no menu superior direito em um pequeno ícone.
Em um primeiro momento só temos acesso ao idioma inglês, mas nada que um google translate não possa resolver. A ferramenta até sugere algumas perguntas simples como exemplo.
- “Uma exceção não tratada ocorreu em um componente”
- “Mostre as abas de arquivos que podem ser fechadas”
- “Como criar um torus?”
Vou começar com o exemplo sugerido, como criar uma torus. Obviamente a resposta veio em inglês em forma de passo a passo.
Basicamente obtive uma resposta nos moldes de um Help, mas já é bem legal uma vez que nem tive o trabalho de pesquisar. Observe que você pode avaliar se a resposta foi boa ou ruim, além da possibilidade de entrar em contato com um agente de suporte.
Como estou usando uma conta educacional fui informado que não tenho acesso a este serviço.
Fiz um teste perguntando “Oi, como espelhar um bloco” e a ferramenta não entendeu. Refiz a pergunta removendo o “oi” e escrevi “Como espelhar um bloco” e obtive o resultado. Por enquanto você não precisa ser “simpático” com a ferramenta, rs!
A resposta foi super completa, uma vez que recebi a opção de criar um bloco dinâmico com o parâmetro flip, também sugeriu usar o comando Mirror e ainda incluiu uma observação para conferir se a variável de sistema MIRRHATCH para não ter problemas de espelhamento de hachura.
Por fim fiz uma pergunta mais complexa, “Como plotar este projeto?”, onde o complexo aqui são a quantidade de etapas. Neste caso a ferramenta ofereceu links para a documentação do AutoCAD.
Acessando o primeiro link fui direcionado para um vídeo, o que é bem melhor do que uma resposta por escrito.
OPINIÃO – Achei o recurso excelente, mesmo que inicialmente funcione como um “Help 2.0” tenha em mente que se trata de uma ferramenta com melhoria continuada, o que vai tornar a ferramenta cada vez mais precisa.
Melhorias adicionais
Além dos novos recursos temos outras pequenas melhorias que foram disponibilizadas no AutoCAD 2025, onde temos:
- Melhoria na exibição de fontes, reduzindo aquele famoso “serrilhado”.
- A ferramenta Hardware Acceleration agora tem uma aba de Diagnóstico, que identifica problemas comuns da placa de vídeo. Como instalei o AutoCAD 2025 em um computador mais antigo recebi um alerta.
- O estilo visual Wireframe foi adicionado ao sistema gráfico 3D de plataforma cruzada.
- Foram feitas melhorias para para reduzir o tempo necessário para a abertura do arquivos 2D.
- Os formatos de arquivo ACTM e DXE foram substituídos pelos novos formatos de arquivo ACTMX e DXEX.
- ACTM são arquivos utilizados em macros.
- DXE são arquivos utilizados em extração de dados (tabelas).
Conclusão
Sem dúvida uma das melhores atualizações dos últimos tempos, oferecendo melhorias significativas, ferramentas consistentes, e atualizações muito bem vindas. O AutoCAD já é um software bem completo para o que se propõe, mas sempre é possível melhorar.
Acredito que a única coisa que ainda sinto falta seria relacionado as cores dos painéis de ferramentas. Passa ano e entra ano e ainda temos painéis “brancos” dentro da interface “Dark”. No último review fiz uma versão Dark da janela de impressão, dá uma conferida como ficaria.
Não seria sensacional?
Mas nada que desmereça a nova versão do AutoCAD. Mesmo com o amplo leque de softwares especializados, por exemplo, o Revit, o mercado ainda recebe de braços abertos profissionais com um bom conhecimento em AutoCAD, que diga-se de passagem, são cada vez mais raros.
Tem alguma dúvida dos novos recursos do AutoCAD 2025 ou ficou faltando comentar algo? Compartilhe sua dúvida, ela pode virar uma publicação exclusiva!
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